Não é minha face, Nem tampouco O corpo que olho E admiro, Mas a alma, A essência Da moça do espelho

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A PRIMAVERA EM MIM (escrevi pouco antes do TMO) e assim foi...



Do verão fui direto pro inverno,
Lá que ocorreu o meu outono
E a primavera foi de mim roubada.
Nessa temporada sem flores, de dores,
Eu fui me ressecando e me quebrando, 
Perecendo o corpo, a alma e o coração.
A esperança era açoitada pelo vento enquanto 
A raiz sustentava-se agarrada à crença...
Ainda que sem pétalas e com o caule danificado,
As mudas foram florescendo e a flor em mim 
Fez-me repousar e dormitar numa nova era trazida pela 
Lua cheia de calor, cheiro de redenção e cor de perdão.
O pássaro azul ressurgiu e me sustentou em suas asas
Enquanto entoava uma canção acordando o tempo 
E soprando a brisa transmutando o Hades em Édem!
Eis que o sol sorri e faz surgir um belo jardim 
Construindo o caminho das flores tal qual 
Células-mãe a compor uma nova medula...
Nesse instante a natureza chora celebrando
Uma nova estação, ontem, hoje e sempre.



A Mulher Em Mim





EM 18/05/12:
Fui até meu antigo condomínio comemorar com minhas amigas a minha cura e levei esse poema p ler e refletir com elas, foi muito lindo e emocionante!!
AMIGAS SUPER OBRIGADA PELO CARINHO E PELAS ORAÇÕES!!


AMO MUITO VCS E ESTAR COM VCS TBM!!






SOLO


Aquele chão abriga minha história com passos dentro e fora. Compassos a contar uma vida de perdas e ganhos, de lágrimas e sorrisos que vou lentamente adubando... Trago na ponta dos dedos mudas de amor, força e leveza que estão prontas a florescer independente de qualquer surpresa. 
Passando por cada estação, de borboleta à ouroboros, estou sempre a ensaiar meu voo solo, aquele que antes de alçar precisa mergulhar... E, assim, vou pousando de flor em flor, espalhando meu rastro pólen, juntando folhas e pétalas pelo outono sopradas e deixando meu néctar...



*É aqui, nesse Bosque..., que me encontro e me refaço...


  
O Rappa - Mar de gente 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

5 meses de TMO

Num dia de internação durante o TMO,
Num daqueles intermináveis, de maior dor... escrevi essa súplica:

Nesta tarde o sol veio me tocar,
ainda que pela vidraça...
ainda que pela graça...
Envolvida em seu aconchego, eu pergunto:

Que dias são esses, meu Deus?! 
Que não posso tocar nem ser tocada,
Apenas tão__________SO_______mente 
invadida e manipulapa?!

Olho e só vejo máscaras e agulhas por todos os lados
Como se estivesse num filme de terror!

Esse é um abismo feito de interjeições que parece não ter fim!
Que saudade do tempo em que para estar viva bastava respirar!




Enfim, a grosso modo, chegou esse tão sonhado e merecido tempo que para estar viva está bastando respirar! Mas mesmo em plena agonia, eu nunca perdi a fé de que esse dia chegaria !

Lá se vão cinco meses pós transplante, o cansaço já não me esgota e já retomei as caminhadas no Bosque. O que ainda me faz muita falta é sentir o sabor e o cheiro e os cabelos no ombro...

Essa semana (re)inauguro a Caderneta de Vacinação! 
E com a segunda dose no próximo mês já estarei liberada para fazer musculação e voltar a trabalhar. Não poderei com meus pequenos porque pegar uma doença infantil seria uma desastre, então, só no próximo ano que estarei liberada para estar com eles com tranquilidade...

É A VIDA QUE SEGUE...