Acordei com o gosto e o impulso
De retornar a um tempo onde
Podia voar ao encontro dos
Meus mais abissais desejos...
Lembrei-me que era no sótão
Que costumava guardar
Minhas asas;
Subi as escadas no compasso
Do meu coração,
Na velocidade e voracidade
De reviver e viver emoções...
Encontrei-as,
Com meus sonhos nas mãos,
Num canto,
Amareladas, descuidadas,
Quebradiças e despedaçadas,
Mas ainda lá,
Esperando eu voltar...
Diante de tal visão,
Meus olhos, rasos d’água,
Das mais salobras,
Das mais doridas,
Das mais vívidas...
Foi aí que as tomei nas mãos
Numa tentativa
De senti-las minhas de novo
E também para consertá-las,
Mas quanto mais as tocava,
Mais se despedaçavam...
Tentei reconstruí-las
Porque queria aquelas,
Só elas sabiam todas as rotas
E atalhos que me levariam
Rumo à felicidade...
Logo, percebi que possível,
Não mais seria,
Dei um passo atrás
Como que tentando
Distanciar-me de tantas emoções
Que me Tomavam
Enquanto me devastavam;
Estava me sentindo misturada,
– eu, os sonhos e as asas –
Numa simbiose que me atordoava...
Aos poucos o silêncio me acalmou,
E fui me sentindo mais segura e forte,
E percebi, então, que elas estavam ali,
O tempo todo, tatuadas em mim...
De retornar a um tempo onde
Podia voar ao encontro dos
Meus mais abissais desejos...
Lembrei-me que era no sótão
Que costumava guardar
Minhas asas;
Subi as escadas no compasso
Do meu coração,
Na velocidade e voracidade
De reviver e viver emoções...
Encontrei-as,
Com meus sonhos nas mãos,
Num canto,
Amareladas, descuidadas,
Quebradiças e despedaçadas,
Mas ainda lá,
Esperando eu voltar...
Diante de tal visão,
Meus olhos, rasos d’água,
Das mais salobras,
Das mais doridas,
Das mais vívidas...
Foi aí que as tomei nas mãos
Numa tentativa
De senti-las minhas de novo
E também para consertá-las,
Mas quanto mais as tocava,
Mais se despedaçavam...
Tentei reconstruí-las
Porque queria aquelas,
Só elas sabiam todas as rotas
E atalhos que me levariam
Rumo à felicidade...
Logo, percebi que possível,
Não mais seria,
Dei um passo atrás
Como que tentando
Distanciar-me de tantas emoções
Que me Tomavam
Enquanto me devastavam;
Estava me sentindo misturada,
– eu, os sonhos e as asas –
Numa simbiose que me atordoava...
Aos poucos o silêncio me acalmou,
E fui me sentindo mais segura e forte,
E percebi, então, que elas estavam ali,
O tempo todo, tatuadas em mim...